domingo, 26 de abril de 2009

Não Há De Ser Nada

Falarei sobre a poesia.

O sentimento nobre de homens e mulheres que ouviram o infinito no pouco de uma palavra, que entenderam o que dizia o sopro da brisa e a conversa das vagas à beira do mar. A mesma poesia da qual falo com ousadia é a capaz de transformar os dias apenas por vê-los com a preciosidade do cotidiano, não transformar, antes, transtornar, trazer novo significado ao que nunca pensou tê-lo; a simplicidade do que é precioso consegue ser mais tocante do que a preciosidade daquilo que se achava simples (e vice versa!!).

Fala-se tanto de poesia, mas ai daquele que acha ter a fórmula para fazê-la; a poesia nasce e, por si só se forma. É a beleza que notamos depois de uma rápida olhada, é a manhã que não acreditamos estar vendo nascer tamanha a beleza que cresce ante a vista, é o canto mudo que o silêncio nos oferta enquanto nos entregamos aos pensamentos; parece contraditório, mas o poema mais belo mora na contradição, na distração dos opostos e na atração dos dipostos (como diria o Mágico Teatro que insistimos, infelizmente, em deixar de viver).
A poesia reside, por fim, na fuga, no sentimento de deixar pra trás, de abandonar, de fugir sem ser notado, mas fazer-se notar pelas palavras, perder-se em estrofes e afogar-se na imensidão de versos é algo muito maior que escrever um poeminha. Quando alguém consegue fugir sem sair do lugar e criar um mundo norteado pela magia da ilusão: fez a poesia!!!

Obrigado queridos, saiu menos encantador do que eu queria e muito maior do que pensara...tenham um ótimo domingo!!

2 comentários:

Pipi disse...

Esse é o meu orgulho! Grande Pediquinhooo (=pedrinho, com língua p-quesa)!! *aperta*

kronemberg disse...

agora eu tenho um blog, hey hey hey.